De Luísa F. Carvalho |
Na sua recusa em divulgar o nome de cartório nas terras da internet, chamam-lhe Naomi ou Nate. Ou Nana, que é unisexo e evita grandes debates.
Nasceu no armário como assexual genderqueer, e lá continua, porque é confortável e quentinho e de quebra ainda fica a dois passos de Nárnia.
Com uma bruta afixação por material de escritório, bolhas de sabão, e coisas para meter na cabeça - vulgo gorros, laços, tintas de qualidade duvidosa, séries, podcasts, filmes, animes, mangás e a pele facial dos nossos opressores. Consumista, impaciente, gosta mais de reclamar do que o humanamente recomendável, e ainda tem o descaramento de escrever sobre isso.
Quando for grande vai viajar pelo mundo numa carrinha pão de forma com o dinheiro que ganhar a vender snapbacks falsificados no OLX. Até lá, vai explodindo com os laboratórios da escola a esfregar potássio nas torneiras.
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