Não, não criei uma conta no match.com. Acalmem vossas tetas.
No outro dia aprendi a usar o Skype. Que, nem eu sabia, já vinha instalado no computador. Poupo-vos da quilométrica narração da salganhada que foi quando tentei instalar o programa com ele já instalado no computador. Só digo que ainda me faltam umas dez mensalidades para acabar de pagar o Gerôncio mas estou com sérias dúvidas que dure mais dois meses.
Bom, eu queria começar a usar o precursor do MSN, e para tal pedi ajuda a um bróder. Um que creio nunca ter referido aqui. Sendo assim, falta-lhe um nome artístico.
Deixem-me só arranjar-lhe um.
Normalmente, tento batizar os indivíduos com quem partilho a existência de nomes bonitos, sonoramente agradáveis, por pura bondade do meu coração. Mentira, eu tenho é medo que eles venham a descobrir o blog e que me andem a cobrar de lhes ter nomeado "Asdrúbal" ou "Anselma Maria". Quero lá confusões dessas. Mas visto que este bróder em particular tem a simpatia de uma virilha suada, chamá-lo-ei de Steve.
Steve Carlsberg.
Quem entendeu a referência que se jogue a meus braços, porque amar-vos-ei eternamente e alimentar-vos-ei a brigadeiros e chá de baunilha.
Estava eu então à conversa com o Steve por SMS, ele já a espumar agressivamente de todos os orifícios do corpo porque eu não sabia adicionar contactos (e ainda não sei. Ele é que me adicionou e eu aceitei), quando derradeiramente conseguimos iniciar uma conversação.
Conversação essa que tomou rumos interessantíssimos. O rapaz conseguia - e isto é, diga-se de passagem, o seu talento inato - insultar-me a cada letra que digitava. Duas horas, uma mudança de lugar casa-esplanada do café-casa e mais de dez mil palavras depois, apercebi-me que haviam frases por eles ditas que capturavam a minha verdadeira essência.
Assim, aqui têm:
Nana, segundo Steve
A obra de uma vida de um desocupado sem vergonha no focinho
A Nana é uma parola que daqui a pouco fica careca de tanto pintar o cabelo. Mas não é como se importasse, visto ser a única maneira de ficar com cabelo à rapaz, como ela quer.
Traveca.
A Nana não tem piada. Quando eu lhe mando links de filhas do capeta gritantes ela nem mete os dois fones para se assustar. Assim não tem graça.
A Nana é uma otária que gasta em maçãs o valor com que se abria um bordel. Cinquenta cêntimos por uma maçã?! Contratava a Teresa Guilherme como acompanhante de luxo com esse balúrdio.
Já agora, a Nana é uma acompanhante de luxo. Eu sou um acompanhante sem ser de luxo. Isso fá-la pensar que é alguém.
Traveca.
A Nana roubou-me a esposa. Eu concordei em partilhá-la com ela e mesmo assim roubou-me. Hora de lhe enviar mais filhas do capeta. (Nota explicativa: Eu não lhe roubei a esposa. Eu recuperei-a. A minha muié é super fofa e não merece cair nas mãos de um energúmeno destes.)
A Nana gosta de me mandar paródias de We Can't Stop com um gajo vestido de Miley Cyrus a fazer twerking. Acho que lhe descobri o fetiche secreto.
Sou melhor do que a Nana porque estou em Artes por gosto e ambição e ela é uma empatadinha de Ciências que não gosta do curso onde está (true dat).
However, ela ganhou o ódio de uma turma inteira, e isso é um bocado difícil, dou-lhe o mérito.
Eu matava-me se uma turma inteira me odiasse.
A Nana diz que vai para a esplanada do café, mas isso é nome de código para a casa de meninas. Perdão, casa de meninos. Ela confidenciou-me que está a receber um lapdance de um loiro enquanto conversa comigo (true dat²). Estou chocadérrimo.
A Nana ameaça-me de me enforcar com fio dental, afogar-me em enchimento de almofadas e arrancar-lhe os olhos pelos posteriores. Mas nunca cumpre nada, então eu rio-me da cara dela.
Já referi que a Nana é um traveco? Eu e ela vamos fazer crossplay no Halloween e tudo.
A melhor amiga da Nana é a psicóloga da escola. Por razões óbvias.
A Nana não sabe dar graxa aos professores, pensa que um jantar romântico no McDonalds é uma boa forma de puxação de brilho.
A Nana é uma inculta. Por razões óbvias.
A Nana precisa de ir dormir porque agora só diz asneira.
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