3 de setembro de 2013

[Mini Jogatinas] Bolachas, clássicos e esfaqueadores de rabos

Após uma inesperada réplica, a vaga de atividade acalmou de vez. Praise da heavens, posso concentrar-me nas minhas próprias coisas graças a tudo e a todos finalmente tenho tempo livre. Não é de admirar: antes, o sentimento era de "falta pouco, tempo temos de aproveitar". Agora, a menos de duas semanas do início, é mais de "falta muito pouco tempo, vamos mergulhar-nos em auto-comiseração a vida não tem sentido e resume-se a um poço de eterno sofrimento".

Então, estava a tentar arranjar ideias para um post, quando me lembrei que, com a quantidade de tempo que ando a torrar com jogos, podia fazer um Jogatinas versão mini. Já estava mais que na hora de sacudir as teaças ao separador, pobre coitado. E até me faz bem; ao mesmo tempo que faço uma pausa nas espumações de aversão e raiva que têm sido a maioria dos últimos posts, talvez até vos consiga dar novidades em formas de torrarem o vosso próprio tempo.




Cookie Clicker
Um dia, um gajo chamado Orteil teve a brilhante ideia de criar um jogo online com um objetivo: clicar em bolachas. Um clique, uma bolacha. Mais cliques, mais bolachas. Com bolachas suficientes, podiam-se comprar cursores para clicar mais vezes, avozinhas para cozinhar mais bolachas, quintas para cultivar bolachas (não perguntem). Certo número de upgrades, certo número de bolachas e de cliques dariam também direito a achievements, que por sua vez criariam mais bolachas.

Em vez de fazer como qualquer pessoa normal e finalmente largar os batidos de maconha e LSD, o amigo decidiu antes transformar isso numa realidade. Assim, em agosto de 2013 nasceu a primeira versão do Cookie Clicker

Long story short, a popularidade do troço explodiu de tal maneira que já conseguiram uma nova versão, com servidores e interface melhores, e renderam ao tal Orteil umas quatro mil asks no Tumblr a perguntar como é que alguém se lembra de tal parolice.

A resposta? "Não faço a menor ideia."

A figura ao lado intitula-se "Como manter uma otária entretida para o resto da vida". Título alternativo "Porque raios é que as avozinhas estão a armar o Apocalipse?".




Ratchet e Clank: Size Matters
Façam aí uma operação matemática simples: Adicionem uma Naomi que nunca tinha tido uma PSP a uma promoção em que se levava uma consola e dois jogos clássicos a preço de chuva. Adicionem ainda uma mesada quase intacta e umas migalhas da mesada anterior.
Bam. Cinco anos depois de sair, finalmente jogo Ratchet e Clank.

Sobre este não posso comentar muito, ainda agora comecei. Tenho um bicho e um robô em férias depois de salvarem o mundo umas duas ou três vezes, uma miudinha que os vai entrevistar pelos seus feitos heróicos e acaba raptada por uns robôs cara de cachaça, e uma nova demanda para a recuperar.

Ah, e uma pistola de triplo tiro. Dêem-me armas de fogo para as mãos que eu fico contente.





Ao Oni
Após assistir a pelo menos três playthroughs, finalmente decidi-me a jogar Ao Oni, um dos jogos, na minha opinião, mais assustadores de RPG Maker. Não, o facto de ser à base de bonequinhos pixelizados não torna a experiência mais agradável. Sim, o facto de já o ter visto de ponta a ponta estraga um pouco a experiência.

Ou estragaria, se não tivesse começado a jogar às duas da manhã sem o efeito de cafeína. Não só tinha o raciocínio e a memória a trabalhar à velocidade de um funcionário da Segurança Social, como também... bom, era tarde. E estava escuro. E estava sozinha no quarto, a usar headphones, só com o brilho do computador a iluminar fantasmagoricamente o covil enquanto continha os gritos e os pulos na cadeira, porque tenho mais medo da fúria despertina da minha mãe do que de qualquer monstro roxo que me possa esfaquear o rabo, já que não me lembrava onde ou quando um me ia saltar um para cima. A minha predisposição para me torturar é uma coisa do outro mundo. Se tivesse menos personalidade, mais gosto por tarados perseguidores e não fosse assexual, daria uma espetacular Anastasia Steele.




E é tudo. Vou então consolar um bróder pelo Skype, que a esta altura já está a ameaçar enrolar o pescoço em fio dental à custa dos traumas de início de aulas. Tenho a todo o custo de o demover da ideia, que o fio dental é caro para caraças, e se a tentativa de partir para o além-mundo falha e a mãe descobre o desperdício de dentífrico, não tenho quem me dê pastilhas de limão nos intervalos. Hasta.

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