14 de agosto de 2013

Vinte e cinco coisas que vocês provavelmente não sabiam sobre moi.

Tendo como título alternativo 'As férias estão-me a dar cabo do canastro mas eu precisava de escrever um post mesmo sem ter assunto'.

Então, vi num dos meus blogs preferidos que dá pelo nome de Bonjour Circus este meme/tag/não sei o que chamam agora a este género de coisa. E resolvi começar a fazer, achei giro. Então, vinte e cinco coisas sobre Naomi. Vou tentar não dizer nenhum facto que já tenha dito noutros posts, para não me andar aqui a ser repetitiva. 


1. Há pouco tempo me apercebi que I may or may not be agendered or gender-fluid. Isto já começa a soar muita coisa, assexual e agénero/género-fluída, mas sinceramente, estou-me pouco borrifando para o meu género. Trata-me por 'ele', ok. Chama-me 'ela', na boa. Não tenho preferências e não me defino. Vacila, se me chamares 'coisa' eu também aceito. Desde que me vista como quero e que me comporte como quero, o nome com que te referes a mim é a coisa que menos me importa nesta vida. E como diz uma certa modelo, 'tenho demasiada imaginação para ser só de um género'.

2. Livros digitais vs. livros de papel? Porra, escrevam-me numa parede com molho de alperce que eu leio. O meio é a coisa que menos me importa, desde que dê para ler eu aceito.

3. Acredito piamente que se os seres humanos ainda vivessem em meio selvagem com a pressão evolutiva a exercer-se sobre nós, a seleção natural já me tinha morto há muito tempo.

4. Sou muito elástica. Tipo, do género que consegue fazer uma trança com as pernas e coçar a testa com o pé. Ao mesmo tempo. Ginástica é a única modalidade de Educação Física à qual não me dá urgências de me enforcar com as cordas de saltar à custa dessa pequena habilidade.

5. Eu faço os melhores crepes que vocemessês alguma vez hão-de provar na vida e ai de quem discordar. Bónus, consigo virá-los na frigideira no ar, como os pais de família dos filmes americanos.

6. Uma vez decidi descer uma ladeira quase vertical de bicicleta num campo de férias e acabei com o joelho em carne viva. No ano seguinte, no mesmo campo de férias, fizémos uma corrida de cavalitas, e caí num chão de gravilha com um rapaz ás costas. Ele teve uma aterragem suave, eu tive o mesmo joelho com pedrinhas incrustadas. No ano seguinte a este, fui ao aniversário de uma amiga na piscina, decidimos jogar à apanhada, descalços no chão molhado, e adivinhem. Esse joelho é uma hoje obra de arte em cicatrizes e uma prova viva da minha estupidez latente.

7. Praticamente todos os meus amigos sabem da minha tara por slash. A única que não sabia, certa vez viu a minha pasta de yaoi na minha tablet, quando eu lha emprestei para ir à internet. Só me disse 'que belas coisas que andas a ver', e eu fiquei tão perdida da vida que só consegui encolher os ombros. Não sei o que ela pensa que eu ando a fazer com essa literatura, mas também nunca deu grande importância e continua minha amiga. Win-win.

8. Gosto de ciência. Tenho de admitir, ao fim de dois anos, que não, escolher o curso de Ciências não foi totalmente um erro. Apesar de ter notas mais baixas do que gostaria, aprendi muita coisa que nunca teria aprendido de outra forma. Como para mim o enriquecimento pessoal conta mais que um número de zero a vinte num pedaço de papel, parece-me que estou a ganhar.

'És uma placa tectónica oceânica? Porque já faltou mais para eu te cavalgar.' -Cantadas de Ciências


9. Plantinhas são mais suportáveis do que pessoas, e fui confiada recentemente com um morangueiro bebé. Acontece que minha inventiva irmã Lady Mia decidiu montar uma horta no quintal e muito generosamente me cedeu o coiso, porque ainda é muito nova para perceber que eu não sou de confiança quando se trata de seres vivos que necessitam dos meus cuidados para sobreviver. Ou então percebe, e só não gostou muito da planta então deu-ma. De qualquer maneira, chama-se Adamantino Nestor Tagmont, Adam ou Né para abreviar, e gosto mais dele do que de toda a gente.

10. Deixei de confiar em discos externos a partir do momento em que perdi tudo o que tinha no meu. Duas vezes. E como agora tenho um computador só meu onde só eu mexo, não tenho qualquer problema em deixar tudo aqui. Mas desta vez em pastinhas organizadas, porque yay finalmente comecei a tentar ser organizada.

11. Este se calhar é um daqueles factos de que falei em que me estou a repetir, mas eu adoro mudar o meu aspeto. Pinto e corto o cabelo como se não houvesse amanhã, furo as orelhas em todos os sítios furáveis, experimento tatuagens de henna se assim me der na gana. O meu armário varia de saias de cabedal a calções de rapaz, lenços a gorros, tank tops a blusas do Batman, vestidos de folhos a calças de cores psicadélicas compradas ao marroquino num sábado de manhã. Sou da opinião de que é normal preferir-se um estilo, mas prendermo-nos a este tira-nos a oportunidade de descobrir as peculiaridades dos outros. Não só no vestuário. Experimentar é giro.

12. Odeio em toda a extensão do meu ser que as professoras de Inglês de Secundário nos exijam que tenhamos um sotaque britânico quando elas parecem umas matarruanas a falar. Vocês chegaram a professoras a pronunciar 'frênds' e não me dão um dezanove porque não consigo ser possuída por uma Enviada Oficial da Casa Real Inglesa? Por muito tempo me recusei, até que achei que seria mais engraçado começar a falar em aula com um sotaque exageradíssimo. Long story short, elas adoraram e elogiaram. À custa disso tenho medo de falar com estrangeiros, não me vá sair a pronúncia paródica à frente deles e apanhar uma vergonha. Vocês traumatizam-me, docentes de Língua Estrangeira I.

13. Deixei de ser forreta por alguns minutos, só o tempo suficiente para decidir firmemente ir fazer um curso de fotografia este ano. Acho meio entristecedor ter uma câmara semiprofissional e só usar no Modo Automático, além de que gostava de ilustrar aqui o canto com coisas minhas de vez em quando, e ser mais habilidosa a registar momentos. Só espero é ter coragem suficiente para me inscrever antes que me dê o habitual baque de 'MUITO CARO MUITO CARO'.

14. Caí do sofá de cabeça quando era pequena. E das escadas. E comi terra numa aposta. E fui parar ao hospital porque pensavam que eu tinha engolido uma agulha, que afinal estava presa na minha roupa. Se isto não explica o porquê deste resultado de gente, não sei o que querem mais.

15. O nível de amizade que eu tenho com as pessoas pode ser medido pelo número de vezes que reformulo as mensagens no chat do Facebook antes de lhes mandar. Ao Dee mando qualquer porcaria sem ler duas vezes, e ele que se lixe a tentar decifrar a minha críptica conversa de bêbada-de-sono. Conhecidos, leio umas quantas vezes e envio a medo. Gente com quem sinceramente não me apetece manter contacto, leio essas quantas vezes, apago e não chego a enviar. E estou-me marimbando para a mensagenzinha de "Visto" que aparece à outra pessoa; talvez assim percebam a dica.

16. Já consegui começar a ouvir Welcome to Night Vale, porque aparentemente eles também publicam o podcast no Podbay e eu é que sou uma idiota que não pesquisei bem. Se estou a gostar? Digamos apenas que Waiting for the Bus in the Rain é o meu novo toque de telemóvel e não estamos a salvo dos dinossauros.

ALL HAIL THE GLOW CLOUD.


17. Vou ter de usar óculos outra vez. Tecnicamente, nunca devia ter deixado de usar, mas esquecia-me muitas vezes deles, e quando os fui pôr outra vez, no início do ano, notei que as armações estavam pequenas e frouxas. Há umas semanas experimentei-os outra vez, e descobri que a graduação também já não serve, e muito provavelmente lixei ainda mais a minha visão do que já estava. So yep. Óculos.

18. Adoro cinematografia. Adoro toda o trabalho de backstage envolvido numa produção vídeo, especialmente edição, e ando a aprender sozinha porque é uma arte pacas desprezada e não há cursos/workshops/aulas acessíveis. Só que as minhas tentativas nunca serão conhecidas porque, contrariamente à escrita, eu morro de medo em sequer cogitar em publicar alguma coisa online.

19. Contrariamente à crença geral, não sou a maior ociosa deste mundo. Gosto de ir correr enquanto ouço música e podcasts, especialmente Shane&Friends e, mais recentemente e quando a internet 3G do telemóvel o permite, aquele do facto 16. Assim sendo, este aparelho torna-se o meu novo sonho de vida a curto/médio prazo. Bónus, permite concretizar outro sonho a longo prazo, que era ir nadar para as piscinas municipais a ouvir música. A minha música, de um gosto musical exímio e trabalhado, não as pimbalhadas em replay que metem nas colunas centrais do edifício para a aula de hidroginástica das velhinhas. Por favor.

20. O meu maior medo é acordar um dia e aperceber-me de que estou presa a um trabalho que não gosto numa vida que nunca quis. Não me atraem os trabalhos "a sério", não gosto de escritórios e só me vêem atrás de um balcão nas férias e é se for. De horários, já me bastam onze anos na escola. Sabem o que eu quero? Uma carrinha, um portátil e uma câmara de filmar. Cabelo lavanda e alguém para me acompanhar, é facultativo. Quero aprender coisas e ver coisas e sentir coisas e provar coisas. Simples.

21. Telemarketing provoca-me dores agudas na alma. Não de gosto especificamente da técnica de telemarketing da Vodafone, só e unicamente porque se baseia em serem chatos como a potassa até a pessoa aceitar pelo cansaço. Há umas semanas ligaram-me, e eu disse que não estava interessada em promoção de raça alguma. Voltaram a ligar-me, e eu repeti a conversa, mas pedindo que não me voltassem a ligar. Voltaram a fazê-lo, mais umas vinte vezes, e de todas elas declinei a chamada. Da última vez, pus a música do Mr. Trolololo em volume máximo e encostei o telemóvel às colunas. Até agora não me voltaram a ligar, mas se o fizerem, prometo repetir a brincadeira com a compilação de gritos do Pewdiepie. Os operadores não têm culpa, que estão só a cumprir ordens, mas eu também não.

22. Para os da velha guarda, sim, continuo até hoje a jogar na minha Nintendo DS Lite do tempo da pedra lascada. Agora funciona tão bem como o meu cérebro, só que ao meu sempre-adorado eu aturo os achaques da velhice. Mas nem se atrevam a interromper-me as maratonas de Mario Brothers ou eu arranco-vos o coração à dentada.

23. Adoro material escolar/de escritório, com uma paixão fervorosa. Principalmente post-its. Vá lá, dão tanto jeito! Dá para fazer anotações nos livros sem os estragar, avisar a minha mã que saí para comprar batatas fritas de ketchup, passar notinhas quase impercetíveis nas aulas, lembrar a eu do futuro de coisas que tenho 110% de certeza que me esqueço, e chamar alcoólica à minha irmã sem abrir a boca. Ah, e são muito baratos.

24. Tenho aversão a que me digam que 'a adolescência são os melhores anos da tua vida!'. Tip'. Não. A adolescência são os melhores anos da vida daqueles que o aproveitaram mal, fazendo asneira e barracada sem se importarem com o futuro, e acabaram presos a um trabalho que não gostam tendo apenas como consolo a falácia de que já aproveitaram a vida nos anos em que eram sustentados pelos pais. Os melhores anos da nossa vida são todos, se os soubermos aproveitar.

25. Sou uma teaboo da pior espécie


Aaaand done, aqui têm tudo o que poderiam querer saber sobre mim, em opiniões e factos de vida. Vejo-vos na próxima vez, com um post, esperemos, mais sério.

Ou não. Esta coisa dos memes até é engraçada.

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