30 de julho de 2013

As minhas youtubers preferidas e o que vocês estão a perder por não as seguirem.

Só uma achega do que está para vir.
Eu falo muito de Youtube por aqui. Talvez seja um efeito secundário decorrente do meu refreado desejo de fazer eu própria um canal, e depois levar uma chapada de mim própria na forma de "nem consegues tirar uma nota decente em apresentações orais e esperas aguentar um canal no Youtube?", "não tens coragem para mostrar a cara na internet" e "não há assunto que fales que já não tenha sido falado ou coisa que faças que seja original". E depois volto para aqui para escrever.

Mas enfim, não nos foquemos nos meus dilemas interiores que não é para isso que cá estamos. Eu tenho é reparado que falo em muitos youtubers, e subconscientemente são todos homens/rapazes. Não me parece que alguma vez tenha falado em broas youtubers. Smosh? Dois bagaços. Let's Players? Bagaaaços. Músicos? Penso que tenha falado nalgumas broas, mas maioria bagaços.

E isto dá uma imagem errada da minha perceção global do Youtube, visto que a maioria dos que sigo são, de facto, raparigas. E raparigas com um talento e dedicação extraordinários para o que fazem, diga-se já. É injusto eu nunca falar delas.

Portanto, em vez de esperar uma oportunidade para as referir no meio de um texto qualquer que venha a fazer, decidi que estas madames precisam é de um post só delas. Que, se as contivesse a todas, seria enorme, então vou só falar de umas quantas, e há-de haver uma continuação.




||SuperWoman||

Lily Singh é de etnia indiana, vive no Canadá e é a rapariga mais petulante e engraçada que já encontrei na internet, hands down. Não só no Youtube, na internet inteira. Posta vídeos todas as segundas e quintas, maioritariamente com rantings. Ainda mais, consegue torná-los hilariantes com a maneira de falar inconfundível, os trejeitos característicos e o texto em geral, com metáforas, analogias, experiências pessoais e pausas para comer chocolate. Além de rantings, posta também vídeos na série "Types of People", a série "Annoying People", e vídeos inspiracionais, de motivação e ajuda em geral.

Quando não está a fazer as pessoas rir e a participar em eventos e sessões fotográficas, está a dar palestras em escola e a atuar como porta-voz pela mensagem de imbuir as raparigas da auto-estima e amor próprio de que são destituídas pela sociedade, ajudando-as a ultrapassar as suas inseguranças e a serem, como ela, verdadeiras super-mulheres.

Com toda a sinceridade, adoro esta gaija em toda a extensão que o meu pequeno coração permite.





Colleen Ballinger aka Miranda Sings
A Colleen tem mais que se lhe diga, pois é a maior troll que este mundo já conheceu. No seu segundo canal, posta vídeos sob o alter ego de Miranda Sings, uma pseudo-cantora que age como uma retardatária de grau maior e quando abre a boca, gera controvérsia. Decide-se a falar sobre igualdade e chovem injúrias nos comentários. Tem a voz nasalada, uma camisa de avô, a testa aumentada pelo cabelo escorrido puxado para trás e o batom vermelho fora dos lábios.

Essa é a graça da Miranda; os estúpidos que a chamam "feia", "ridícula", clamam que "a tua opinião é uma merda, és uma idiota" e afins são gozados de volta com "ridícula é a tua cara, a Miranda é uma personagem, otário. Estar errada é a piada", ou então o simples e sempre funcional "TROLLED!". O humor da Miranda é depois complementado pela personalidade adorável da real Colleen que, no seu canal principal, posta vídeos em que canta, as gafes dos vídeos da Miranda, colaborações com outros youtubers e vídeos de variados temas.

Sete anos de youtubing como Colleen e quatro como Miranda depois, ainda há gente confusa e ofendida com esta menina, com o seu alter ego, ou com as duas, por terem sido tão bem enganados. E a Miss Trolladas continua, forte e firme na sua carreira de cantora e humorista. Se isso não é a coisa mais brutal que já ouviram, peço-vos encarecidamente que revejam as vossas prioridades de vida.





Fonte


Já perdi a conta dos posts em que referi o Cryaotic ou o Pewdiepie em posts. Mas penso nunca ter falado na MangaMinx.

A Michelle tem 28 anos e gosta de se torturar com jogos de terror, sejam eles profissionais, RPGs, indies ou mods. A sua voz transita de Morgan Freeman para chihuahua sob o efeito de alucinogénicos no decorrer destes. Tenta também outros tipos de jogos, de tempos a tempos, para desanuviar a carga nervosa que lhe provocam as maratonas de Witch House e Vanish. Quando assim lhe dá na real gana, faz collabs com outros youtubers e reúne os melhores sustos em compilações legendadas.

Tal como o Cry, é uma das tais youtubers-sem-cara. No worries, porque a voz dela é extremamente expressiva, e cobre a falta de expressões faciais.

Ah, e ela ri-se maniacamente quando começa a ficar assustada. Se isso não é razão suficiente para irem espreitar os vídeos dela, não sei o que será.






A Laci Green é uma heroína, sabem?

Numa sociedade onde ainda se acha que uma rapariga que goste de sexo é puta, que usa roupas curtas está a pedi-las, e que o hímen é um pedaço de pele que cobre totalmente o canal da vagina e é rompido na "primeira vez", a Laci prega um murro na mesa e desmistifica todas estas porras.

O seu canal do youtube é um "programa" denominado Sex+, onde fala sobre sexualidade, relacionamentos, imagem, e de quebra ainda deita por terra toneladas de preconceitos, expõe injustiças e argumenta por igualdade.

Não, não é suposto uma broa sangrar na "primeira vez". Não, não há problema nenhum em rapazes usarem saias. Não, ninguém tem de se depilar se não quiser. Sim, pode-se ter sexo enquanto se está menstruado. Sim, toda a gente é bonita e ai de quem contestar isso.


Esta, peço por tudo, por amor ao raio mostrem os vídeos dela a toda a gente. É que estes não são só entretenimento, são educação pública. Mostrem aos vossos pais, ao vosso namorado, aos vossos amigos, a toda a gente. Precisamos de mais gente como a Laci, e de uma sociedade mais tolerante. Façam a vossa parte.





E pronto, aqui termina a primeira dose de kickasses de hoje. Esperem mais. You can never get enough of well-informed, talented gals, amirite?

Sem comentários:

Enviar um comentário